quarta-feira, 12 de maio de 2010

Negros em Santa Catarina

Santa Catarina desde 1980 apareceu com o menor percentual de negros do país.Em 1988 o jornal de ampla circulação nacional publicou exaustivamente esses dados:
“ A porcentagem de negros no Brasil é muito baixa,dentre alguns desses países estão: Paraná com 2,6%,Santa Catarina,Mato Grosso Do Sul,e Fernando de Noronha com 2,0%,e Amazônia com 1,7%”.
O número de brancos obtido em Santa Catarina é de 91,44%,Santa Catarina é o estado brasileiro onde a população considerada “Negra” apresenta um dos menores índices do Brasil,a outra parte seria composta por uma pequena parte de Assoreamos,de de luso-brasileiros e uma ampla minoria de descendentes europeus,principalmente Alemães,Italianos e Poloneses.
“O país careceria de uma nacionalidade”(Azevedo,1987,pg. 60) que foi um projeto discutido durante a separação política do Brasil de Portugal na implantação do regime republicano e sobretudo nas primeiras décadas do século xx,tornou-se impreendivel na elaboração dos signos de Brasilidade necessários a consolidação da idéia de nação brasileira.
A grande maioria das pesquisas enfocam os descendentes Africanos no sul do Brasil,sobretudo nos estados de Rio Grande Do Sul e Santa Catarina,são apontados
Dois pontos:um e que os negros tiveram presença rara em Santa Catarina,e o outro sugere que em algumas áreas certos tipos de atividades relações mais democráticas e igualitárias.
Em Santa Catarina os descendentes de africanos quando comprados com outros grupos,de outras etnias,têm sido de um modo geral considerados minoritários tanto do ponto de vista demográfico quanto do ponto de vista político.
Prevendo o desaparecimento do índio e também do negro pelo cruzamento do branco.

Romero defende o branqueamento como forma de elevar mentalmente e socialmente “o tipo brasileiro” pretendido, já Rodrigues (aput Leite 1976) temia que o sul do país,colonizado por brancos se opusesse ao norte denominado por “mestiços indolentes” mas de viva inteligência.Para Rodrigues ,os povos selvagens postos em relação com os “civilizados” ou se tornavam iguais a estes últimos ou se extinguiram.
Após a segunda guerra mundial, a suposta mestiçagem e o embranqueci mento “Rasia e Social” desejados por Romero, tornaran-se, comprovadamente improcedentes embora seus efeitos sociais já fossem visíveis. “ O índio havia sido dizimado pelas expedições de apresamento, o trabalho forçado e guerras”, o negro até então escravizado fora desclassificado culturalmente e encontra-se em qualquer desabilitação profissional.
Está idéia de brancura, de desenvolvimento e processo das raças, reforçada, mesmo que indiretamente ao longo deste século 20 através de muitos textos científicos, inclusive por alguns deles que só se propuseram mostrar a “realidade dos negros no sul”.

LEITE, Ilka Boa ventura (org.) Negros no sul do Brasil. Invesibilidade e territoriatividade. Florianópolis: Letras contemporâneas,1996.

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